O que há de errado na propaganda do programa Brasil sem Drogas.
Todo esse debate, também gerou a formação de grupos anti-legalização. Entre esses, destaca-se o Brasil sem drogas, que neste último final de semana lançou sua campanha anti drogas com apoio do Sindicato dos Médicos do Estado do Ceará. A campanha traz frases como “Você entraria num avião cujo piloto acabou de fumar um bagulho?”, e “Você teria coragem de ser operado por um médico que acabou de fumar um baseado?”, afirmando logo após que “se a maconha for legalizada, isso será normal”.
Segundo o artigo 37 do código de defesa do consumidor, o uso da falácia que existe por trás dessa propaganda a transforma em propaganda enganosa e abusiva. O argumento de que será normal um piloto de avião ou médico trabalhar após usar maconha deturpa o verdadeiro objetivo da legalização, como se ela normalizasse o uso da maconha até mesmo em horário de trabalho, projetando assim uma realidade ilusória e usando o medo como ferramenta para ganhar aderência ao movimento anti-legalização. Abaixo trago o que reza o artigo 37 do CDC, Lei 8.078/90.
§ 1º É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa(…)
§ 2º É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança(…)
A propaganda traz um convite para o evento de lançamento da campanha que aconteceu no dia 09 de setembro, as 09h da manhã no Sindicato dos Médicos do Estado do Ceará e causou revolta entre os internautas que protestaram nas redes sociais contra o argumento utilizado na propaganda.